quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban

" - Eu pensei no Voldemort em primeiro lugar - admitiu Harry com toda a honestidade -, mas depois lembrei-me dos Dementors.
- Estou a ver - disse Lupin pensativo. - Bem... bem... estou impressionado. - Sorriu perante o olhar de surpresa no rosto de Harry. - Isto sugere que aquilo que te provoca mais medo é o próprio medo. Muito inteligente, Harry.
Harry não soube o que responder àquilo, por isso bebeu mais uns goles de chá."


(Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban, J.K. Rowling)

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Harry Potter e a Câmara dos Segredos

"O lavatório parecia perfeitamente vulgar. Examinaram-no centímetro a centrímetro, dentro e fora, incluindo os canos por baixo. E foi então que Harry reparou: de lado, rabiscada numa das torneiras de cobre, estava uma cobra pequenina.
-Essa torneira nunca funcionou - disse vivamente Murta enquanto ele tentava abri-la.
-Harry - sugeriu Ron -, diz qualquer coisa em serpentês.
Mas, pensou Harry, as únicas vezes que conseguira falar serpentês tinham ocorrido quando confrontado com uma verdadeira serpente. Olhou, concentrado para a pequena cobra gravada no cobre, tentando imaginá-la cini verdadeira.
-Abre-te - disse.
Olhou para Ron que abanou a cabeça.
-Estás a falar inglês - disse ele."


(Harry Potter e a Câmara dos Segredos, J.K. Rowling)

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Harry Potter e a Pedra Filosofal



" O Espelho vai ser transportado amanhã para outro lugar, Harry. E peço-te que não voltes a procurá-lo. Se voltares a encontrá-lo, estarás preparado. Não se resolve nada a divagar em sonhos, quando nos esquecemos de viver. Lembra-te disto. Agora, por que não voltas a pôr esse maravilhoso manto e vais para a cama?"



(Harry Potter e a Pedra Filosofal, J.K. Rowling)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

p.s. - I love you

- Ooh! - Sharon deu um salto e o braço voou-lhe dos ombros de Holly.

- Ooh? - Holly franziu o sobrolho.


- Eu digo isto tudo e a única coisa que tens para me dizer é «Ooh»?


Sharon pôs a mão aberta em cima da barriga e riu-se. - Não, minha tonta, o bebé acabou de dar um pontapé!

Holly ficou de boca aberta.

- Sente-lo! - gargalhou Sharon.

Holly colocou a mão em cima da barriga inchada de Sharon e sentiu um pequenino pontapé. Os olhos de ambas encheram-se de lágrimas.

-Oh, Sharon, se ao menos cada minuto da minha vida fosse preenchido com pequenos momentos perfeitos como este, nunca mais me lamentaria outra vez.


-Mas Holly, a vida de ninguém é preenchida com pequenos momentos perfeitos. E se fosse, não seriam pequenos momentos perfeitos. Seriam apenas normais. Como é que se poderia alguma vez conhecer a felicidade se nunca se experimentassem os momentos baixos?


(p.s. - I love you, Cecelia Ahern)

quarta-feira, 1 de julho de 2009

O Jardim Encantado


Ainda de camisa de noite, Claire desceu as escadas e saiu de casa. Os olhos de Tyler seguiram-na enquanto atravessava o quintal. Encontrou-se com ela a meio caminho e enlaçou os dedos nos dela. Olharam um para o outro nos olhos, a conversa entre ambos silenciosa.
Tens a certeza?
Sim.
É isto que queres?
Mais do que qualquer outra coisa.
Juntos, entraram em casa dele e fizeram novas memórias; uma em particular chamar-se-ia Mariah Waverley Hughes e nasceria nove meses mais tarde.



(O Jardim Encantado, Sarah Addison Allen)

quinta-feira, 25 de junho de 2009

A vida num sopro


"Começou a convencer-se de que o mundo não tinha significado nem propósito; existia simplesmente, com desprendimento, alheio ao espantoso sofrimento que as suas regras implacáveis ditavam. Cada vida é um tragédia imensa para quem a vive, mas cruelmente insignificante à escala do universo. Os seres vivos sofrem e o mundo mostra-se estranho a esse sofrimento, encarando-o com indiferença, aceitando-o como fazendo parte da ordem natural das coisas, como se a dor fosse o motor da existência, a iniquidade o seu preço. Cada desejo procura satisfação, cada obstáculo gera sofrimento. Mesmo a satisfação de um desejo apenas suscita felicidade temporária; logo a seguir vem um novo desejo, de novo travado por mais um obstáculo, o que significa que a existência é sempre luta, o sofrimento omnipresente, a felicidade efémera. Caramba!, pensou enquanto cogitava sombriamente sobre a tragédia da vida. Olhem para Dante, que não teve qualquer dificuldade em imaginar o Inferno... Bastou-lhe ir buscar os elementos que já existiam no mundo e, pimba!, eis o Inferno! Mas, oh!, quando chegou a hora de conceber o Céu, aí é que foi o cabo dos trabalhos! O grande poeta não teve artes para imaginar o Céu porque não havia neste mundo nada que o inspirasse para conceber o Paraíso! Nada! Meu Deus, não será isso a prova mais completa de que nós afinal vivemos no Inferno?"


(A vida num sopro, José Rodrigues dos Santos)

quinta-feira, 18 de junho de 2009

O tamanho 42 não é para gordas

"- Hum... Olá, está aí alguém? – A rapariga do provador ao lado do meu tem a voz igual à de um esquilo. – Olá?
Exactamente igual à de um esquilo.
Ouço um empregado a aproximar-se, com a corrente das chaves a tilintar musicalmente.
- Sim, minha senhora? Posso ajudar?
- Sim. – A voz sem corpo da rapariga (mas ainda parecida com a de um esquilo) flutua por cima da divisória entre os nossos cubículos. – Vocês têm estas calças de ganga num tamanho abaixo do trinta?
Fico para com uma perna dentro e outra fora das calças onde estou a tentar enfiar-me. Uau. Será que ouvi mal, ou ela disse mesmo aquilo? Quer dizer, mais pequeno do que trinta é o quê?"


(O tamanho 42 não é para gordas, Meg Cabot)

segunda-feira, 6 de abril de 2009

Terra Sombria

“Saltei para o parque de estacionamento. Era estranho como, fora das espessas paredes de adobe da Missão, não parecia haver um fenómeno paranormal no interior. O parque de estacionamento continuava vazio e silencioso, com excepção do com suave e rítmico das ondas do oceano. É espantoso o que se pode passar debaixo do nariz das pessoas sem que estas façam qualquer ideia...qualquer ideia mesmo.”



(Terra Sombria, Meg Cabot)

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Desaparecido


“Nenhuma mulher poderia voltar a ser a mesma depois de perder um filho. Ainda que conseguisse trancar o vazio como se tivesse deixado de existir e ignorasse o coração destroçado, ainda que, de algum modo, conseguisse reprimir a culpa, perdera-se algo de fundamental do seu ser. Era pior do que perder um membro ou a vista ou a fala, pois era como se tivesse sido tirado um pedaço de cada parte do seu corpo. Já nada podia funcionar da mesma forma, não tinha força de vontade nem desejava que assim fosse, pois todos os sentidos dessa mulher estariam entorpecidos e cada pensamento era atormentado por um sentimento de culpa quase tão difícil de suportar como a perda.”


(Desaparecido, Susan Lewis)

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Gente feliz com lágrimas


“Nos olhos dela, perdura ainda uma solidão compassiva e extenuada, dessas que a vida não consegue explicar. O hábito de ser triste culpabiliza nela a própria ideia de felicidade. Tal como nós, não sabe ser feliz sem lágrimas, nem rir sem remorso da alegria, e isso vê-se-lhe nos olhos.”


(Gente feliz com lágrimas, João de Melo)

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Amar é como uma droga



"Amar é como uma droga. No princípio vem a sensação de euforia, de total entrega. Depois, no dia seguinte, tu queres mais. Ainda não te viciaste, mas gostaste da sensação e achas que podes mantê-la sob controlo. Pensas durante dois minutos nela e esqueces por três horas.


Mas aos poucos, acostumas-te com aquela pessoa, e passas a depender completamente dela. Então, pensas por três horas e esqueces por dois minutos. Se ela não está perto, experimentas as mesmas sensações que os viciados têm quando não conseguem arranjar droga. Nesse momento, assim como os viciados roubam e se humilham para conseguir o que precisam, tu estás disposto a fazer qualquer coisa pelo amor.”



(Na margem do rio piedra eu sentei e chorei, Paulo Coelho)